céu e terra; água e fogo. duas
terras paralelas em fundos de meias doses de whisky e sangue. os corvos pousam
e voam. e uma verdade entre eles com outros nomes, de almas perdidas e mentes
encontradas envoltas em si. e de uma ponte suavam tambores, em tons de alvorada
para umas quaisquer vidas mortas. adormecidas ao toque do amor impróprio, consumido
em chamas de outras marés, alimentados por águas de outros infernos, que não os
passados. seguimos em frente, alimentados por um qualquer leite materno,
envoltos em colheres de prata como se fossemos sopa para doentes terminais. ah
quantos de nós se esqueceram de viver em troca de meia dúzia de prazeres
divinos? procurámos anjos da paz e sentámos à mesa com guerreiros de vestes
negras. confundam-se as pálpebras se o whisky não tiver mesmo sangue vertido. seguimos
em frente, tapámos os olhos com umas quaisquer lentes porque eles são bonitos
de mais para se mostrarem à luz do que significa ser-se belo. e quantos de nós se
esqueceram de como amar, em troca de uma breve presença em terras obliquas aos
caprichos de deuses e demónios, que apenas nos matam em cada pedaço de vida? quantos
amores se perdem no vazio de não se saber amar, anjos, demónios e corvos de bem
e mal? morfina, nosso amor, talvez sem dores históricas nos encontres!
Este texto tem um travo a amargura e desespero . crês que seja verdadeiramente possível esquecer como amar ? parece-me algo tão subjacente ao carácter humano que se torna impossível .
ResponderEliminara cápsula do tempo pode englobar várias histórias no mundo do mundo. O vazio corre com o desamor, de mãos dadas com os anjos e os demónios. É uma terra fria e quase perdida, mas, onde existe esquecimento, também existe verdade e poesia como esta para avivar as histórias dentro de nós próprios. :)
ResponderEliminar