senti os teus ossos dispararem as
tuas esperanças vazias. cada uma recheada dos temores sobre a vossa morte. eu
conseguiria amar o teu fantasma e viver sem confiança nos restos de espaço do teu
peito, mas continuaria a viver sem ti. fazer círculos de veias mortas, sempre
foi o nosso maior mal. ai a rotina é tão medíocre. queima-la era o acerto certo
na ponta errada, mas um circulo não tem pontas, por muito que o fogo seja sinal
de vida. mesmo que víssemos uma ponta que ainda pudesse arder, ela não
existiria realmente. lembras-me de respirar com vida. afinal respirar é viver,
mas como um defunto que nunca morreu. cada suspiro é um trago boca-a-boca em
que não me vês, mas recordas. a bela amnésia que tanto gostas, não é um pedaço
de nenhum amor, mas sim o único pedaço que resta do teu amor. a pior lembrança é que está tudo tão
escrito como a dor. é já uma lenda em que homens se reuniram para formar
coros e protagonizar a sinfonia do aDeus, menos um que já não te quer, querendo. todos a seu lado, só não os viste,
porque afinal ver é viver, mas nem todos enxergam defuntos. é tudo tão eterno que por vezes o ceu é inferno, mas desses faz-se suor e das lágrimas proezas. não sou rei,
nem príncipe, mas choro como um homem grande. lágrimas de sal quente nesse mar, o suficiente
para queimar a pele onde tal leito passou e onde tal coração morreu. onde tal morte vive.
Tenho saudades tuas...já a muito que não passava por aqui...a tua alma tem estado dentro de uma paz maior? de sossego?
ResponderEliminarÉs estudante de arquitectura? Se fores (como diz no teu perfil) até sou capaz de ver isso na tua escrita. Há, sem dúvida, uma construção grandiosa nos teus textos. Parabéns!
ResponderEliminaralguns poetas respiram que a morte é um outro tipo de vida, como nas palavras, e que as frases dizem muito de quem as escreve.
ResponderEliminarp.s existe aqui algo de deslumbrante que faz voltar :)
ResponderEliminarDevolveste-me o sorriso que tinha perdido para este fim de semana. Obrigada. De verdade. *.* mereces tudo :)
ResponderEliminarEu é que agradeço as palavras de boa fé! (:
ResponderEliminardeixa que corram as lágrimas salgadas... deixa que corram!
ResponderEliminarbeijinho
sabes que é o que faço neste momento ? habito nos restos de espaço de seu peito e amo seu fantasma . como se saí de tal circulo ?
ResponderEliminartoma-se coragem para abrir o círculo, não esquecendo o que nele correu, mas impedindo que se alimente a esperança de que tudo corra como antes. e o tempo, saberá o que fazer. sabe sempre.
Eliminarparabéns. adorei ler. sinto que escrever isto, tinha-me feito falta. abraço
ResponderEliminara seguir!
Faltas-me como eu te falto sem tu saberes, aquela nossa conversa quando nos conhecemos marcou-me para sempre e tenho pena que não apareças no meu espaço sem eu antes aparecer no teu.
ResponderEliminarSobre este teu texto, esta completamente sentido, senti-me parte deste ciculo e parte desta morte como se em conjunto consegui respirar sem sufoco mesmo assim, foi dedicado o texto?
Um beijinho,
pensando com arte,
espero a tua opinião.
Desculpa pela minha afirmação em forma redonda e canonica sem antes saber o espaço que ocupava na tua alma, agora só tenho a dizer-te um obrigada e um desculpa suave com um abraço...abriste-me os olhos.
ResponderEliminarAfinal, eu propria vos falto muitas vezes porque o blog pode ser o meu mundo, mas por causa dos acertos da vida nem sempre estou por cá...ainda a pouco vos faltei durante tres meses...ele é e não é, as vezes afasto-me outras vezes aproximo-me.
Quanto ao teu texto, esta muito bom, como sempre tiveste um texto assim, apenas eu sinto que tem partes tuas e de alguém...mas isso faz se-lo especial.
Quer o vento mude de rotina ou não,
quer o chão perca os sapatos que lhe tocam ou não,
há pessoas aqui no blog que nunca me vou esquecer e tu és uma delas, era só isso que te queria dizer na minha primeira mensagem,
um beijinho,
kowodzpin.
E sou a Beatriz, dai o bllm.