Almas

20120914

amor de magia negra

o corvo cospe-te o sangue,
e a pena tens-na despida,
a morte fala tão negra,
deixa-te cruzes na barriga.

e foste tu quem ficou lá,
sombras do seu próprio vulto,
onde até os esgotos sabem q'isto sabe a chá de culto

e o chá, sou eu um tipo que o tomo,
porque mandaste à morte um mapa,
com a tigela d'onde eu como.
e a  malga ficou partida,
e verte o sangue negro de mal,
que um corvo tem na barriga

não, eu não sou um animal,
mas esta pele já queimada,
deixa-te feridas em carne assada
e isso aí também é o coração
porque nem assim m'arrependo
do dia que te dei a mão.

eu, tenho saudades de um ti,
qualquer ti que fosse um nome,
que também goste de mim.

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