São quase 9 da manhã e a lua paira no meio do céu como se se tivesse esquecido que amanheceu.
Na verdade não sei que horas são, apenas achei bonito o azul do céu no branco dos astros.
Acho que estou atrasado para o trabalho.
E há um bilhete reciclado arrancado à pressa e colocado entre a escovas de um carro velho preto.
Talvez diga aDeus ou talvez diga que te amo.
Hoje eu não pedi por favor, não porque não quisesse, mas porque não queria que o fizesses sem querer
e é na intimidade da madrugada que se sente saudade, ou quando tudo em redor nos pede atenção
mas só queremos a paz de quem nos conhece e nos faz. Não sou eu.
A vida é pouco mais que a saudade e os aDeus. A morte é esperar ser o que não somos, se o que não somos também nos faz ser.
Ontem eu só queria que tivesses ligado, 2 minutos que chegassem para eu saber que te importas e que o cuidado que me tens é uma sátira às despedidas.
Mas tu não ligaste. Porque o meu tempo não é o teu. Nem os desejos que sentes fora de mim.
Hoje de manhã a lua estava no céu. Mas eu não. Nem tu.
Sem comentários:
Enviar um comentário