ele abraçá-la-ia como quem abraça
as lágrimas em noite escura. ou seguraria então seu ventre num ápice de
loucura, como aqueles em que os olhares se cruzam de desejo. bastava um sinal
de fraqueza ao invés da coragem que se ergue junto nas muralhas da distancia e do
tempo que passa e dói. bastaria um reflexo de ti para que me visse a mim, como
a lua que se vê no mar enquanto se perde no deslumbre. chegaria apenas que déssemos
as mãos como quem ata as almas com um beijo de amor. seria suficiente alargar o
presente para que não fosse um desperdício lembrar o passado, e amar em teu corpo
acima de todas as coisas abaixo do céu. seria tão bela a decadência de deixar a
sorte para encontrar a ti, que não encontraria de novo salvaguarda para
encontrar o norte de mim. bastaria o momento em que amo-te fosse palavra em tom
de saudade em tua voz. volta, admite ela, se não foi orgulho a ponte que nos
separou as margens, que seja também amor a ponte que reconstruímos a’hora.
Que saudades tinha eu de te ler. Talvez este texto seja particularmente especial para os apaixonados. E aquela última frase arrepia-me por não querer que as margens sejam separadas mas que as pontes sejam mais e mais construídas :) Continua com essa tua escrita! Beijinho!
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