leva-me as memórias, disse-me num
relance em que os olhos chocaram ao sabor do vento. tenso romantismo bélico no
amargo de sorrisos tontos incontrolados. os ombros batem, os ossos latejam em contracções
musculares incompatíveis com o tempo. a alma parte no corpo e o coração não
pára mas abranda num sopro de passado. e rostos cansados negam-se ao nada, e o
amor já lhes foi tanto. reis de espadas, damas de prata e bruxaria vesana,
tresandando a fetiches de suor deste mundo e do outro, tudo no mesmo copo vazio.
os seus olhos são fundos presos no negrume das sombras, e os dele, os banhos de
luz que lhe enche o espirito do passado, já que o do presente nunca encontrará
tão doce pranto, tão puro beijo de sangue. não serão precisas palavras a mais
para sílabas a menos, afeições imprudentes em linhas de vida radioactivas, nem
tampouco mostrar lágrimas se o alívio continuar intemporalmente definido ao
olhar. e eles olham, e sentem, e o amor ainda é tanto.
gosto muito! :)
ResponderEliminarGostei muito, adoro a forma como escreves é simplesmente cativante.
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