grupo de sombras gemendo ao uivo
das dores. a noite é bonita se te confundes com poros de magia escura. as penas
caem e as lágrimas voam na sonolência que despem de negro, enquanto viajam por
nossas cabeças. mistérios sagrados se revelam nos rodopios do vento. se os
soubesses ouvir, saberias como reza-los. a azáfama dos corvos e eu tão só.
cabeça vazia e alma cheia de whisky. se alguém questionar como é que os
insectos morrem, eu respondo - como os homens sozinhos - nada em vida é tão
célebre quanto a mordida da saudade acompanhada - como a noite alheia - se alguém
ousasse responder e passar. iluminação obscura de corpos mortos, a azáfama dos
corvos e eu tão só. cabeças baixas têm estes passageiros da noite. bico refinado
às conquistas do ouro, letras de calibre ecléctico em cartas de medo. se alguém
questionar como é que os homens morrem, eu respondo - com a alma distante na
azáfama dos corvos. se só param para pousar sobre os ombros do destino como
ceifeiros da noite, se esquecem dos vivos, para azafamar os mortos. e eu tão
só.
quase consigo escutar os corvos. amo-te
ResponderEliminar