esferas perfeitas moribundas em
espaços de barrigas de cavalheiros medievais. nobrezas conquistadas por um
qualquer estandarte que decapita louvores. e essa mãe, resignada a míseros lençóis
lavrados da terra vermelha, onde crianças procuravam o destino da tal linha da
palma da mão. filhos de uma qualquer mãe analfabeta, talvez loba, mas que amava
cada órfão sem os saber escrever. oh mas tanto se lê dos olhos. não fosse tonta
escrava. oh tanto se esconde no olhar. escolhe uma lógica para a vida e decora-a com
um sonho. um dos feios, bruxa, para que a verdade acordada não te deixe
desiludir os encantos adormecidos. o céu é preto, lembrei-me - não tem
sabedoria, eu sei – mas o céu é preto mãe, e eu sou órfão. ai bruxa, eu sonhei
acordar-te sobre aqueles lençóis tingidos a sangue, mas a vida esqueceu-me, pobrezinho. e
eu não sei mentir às escuras, e o céu é preto, mãe. e eu sou órfão. tenho medo. coitadinho.
Obrigada J. Nao sabes a coragem que me deu ler o teu comentário :)
ResponderEliminarés perigoso no que toca a palavras
ResponderEliminarNunca vi ninguém a escrever como tu, és sem dúvida singular!
ResponderEliminarAdorei, simplesmente deixaste-me sem palavras.
ResponderEliminaradoro a forma como escreves e aquilo que transmites nos teus textos.
Nunca encontrei mal nenhum em ser-se órfão.
ResponderEliminara solidão pode por vezes ser o melhor caminho!
Beijninho
e o preto tem tantas cores dentro de si e nenhuma delas é órfã de sentido.
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