um jardim de ossos, preso por
cordões de peles como tendões em carne apodrecida por uma peste qualquer. ah e
quantos lhe chamam amor. corvos pousam longas escrituras e vasculham a morte
nas réstias humanas deste cemitério esquecido. nem almas. e todas elas tinham
um corpo antes de morrer. e todos eles amavam outros corpos. amor era a
fraqueza dos homens no complemento da sua maior força. ah e quantos lhe
chamavam vida. e mantos de seda faziam de vós princesa. ah, mas só quem vos
amasse faria de vós mulher. os corvos observam e picam-vos letras no peito e
escondem os vossos maiores segredos. e escondem o nome das almas que vos
rodeiam com amor. e dos corpos que vos desejam sem amar. e eles teriam sido
reis na vossa vida. mas culpa de quem escolhe amar um corpo de uma alma sem
honra. já ninguém ama corpos, e se ama é porque na verdade não sabe amar. ah e
castelos de água são desfeitos em ondas de areia. ou o contrário que tampouco
importa. ah e muralhas de laços são quebradas por mentiras maciças. ou o contrário
que faz toda a diferença. fugimos da morte com tanta dedicação, sem percebermos
que a vida é que faz o aDeus valer a pena. fugimos uns dos outros com tanta
dedicação, sem percebermos que a liberdade do amor não depende da fuga.
"...e se ama é porque na verdade náo sabe amar." Isto nao me passa despercebido.
ResponderEliminarTb acho que pessoas mudam para pior mas quero acreditar que talvez a minha mudança nao o seja...para mim. Para os outros é.
Bjinho J.
o melhor texto que já li teu! aliás, dos melhores textos que já li desde que me lembro. ah e as nossas ideias em sintonia. ah e a forma como construiste cada frase e encadeaste cada pensamento. genial kowo, mas que dom o tom. e a liberdade do amor não depende da fuga, oxalá nos achassemos presos a um coração bom, assim como o teu. céus, deixas-me em lágrimas com isto
ResponderEliminarAwn, muito obrigada, a sério. É muito bom ler comentários como o teu! (:
ResponderEliminarEscuta, tens uma escrita mesmo, mesmo diferente - e quando menciono diferente, menciono num sentido positivo. Gosto muito, é cativante. Além de que desperta algo na alma, entendes? Gosto por completo, mas confesso que a tua finalização mata até os corações mais duros. Está lindo!
ResponderEliminarArrepiei-me. Lindíssimo texto!!!
ResponderEliminaria-te seguir no twitter mas já foi!
ResponderEliminarum tormento de dúvidas que as almas acabam por partilhar com os corpos
ResponderEliminarA morte outra vez... o amor outra vez...
ResponderEliminartanto um como o outro são capazes das maiored atrocidades.não se lhes pode escapar... e se lhes escaparmos nada do que aqui fazemos faz sentido.
Mas enfim...
beijinho
Provavelmente, um dos textos mais lindos que por aqui li. Espero que saibas que almas são aquilo a que mais me refiro no meu quotidiano e este teu texto fala tanto delas. A antítese amor, morte... não sei, cativou-me :) e muito! Obrigada pelo teu comentário. Às vezes é bom lê-los para acordar para vida ;)
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