origamis de papel timbrado nos amores de baçaim.
papeis e versos sem rima nos lençóis de paris.
românticos perdidos nas ruas de nova iorque
amantes indefesos na cidade da nossa morte;
fomos gigantes solitários no negro lodo da ribeira
prefácios da saudade aos demónios da cegueira;
a agonia trouxe amor e dessa vista o nosso prazer
do rio lima correu o pranto no manto do meu chover
na despedida levei a morte para que sentisse por mim
e das ruas desta cidade fiz recordações de ti
vesti-te de caramelo com o teu coração d'ouro
nas jóias que carregavas nos trajes do meu tesouro
nas romarias vi os tapetes e nas festas a agonia
junto do adeus na praia "ao norte" onde também
nasceu vida;
esquecemos as mãos cruzadas entre o frio d'avenida
e dos abraços descruzados nos comboios de partida
das noites não dormidas e das manhãs adormecidas
do quanto fomos fieis às promessas de santa luzia;
o amor morreu mais cedo do que aquilo que existiu
e os sorrisos são de viana, não dos amores q'ela sentiu.
Está tão lindo! :') oh, que maravilha de poema
ResponderEliminare tu sabes que não concordo com o que disseste. É um poema genial sobre a nossa cidade, adoro como usaste os lugares mais "importantes" dela para construires um cenário...
ResponderEliminarSaber escrever em poema não é para qualquer um, acho que já o disse. Está divinal. Parabens*
ResponderEliminar"Esquecemos as mãos cruzadas entre o frio d'avenida
e dos abraços descruzados nos comboios de partida"
Isto, lembra-me muito.