Almas
20130201
nosso amor, porcelana
(escrito algures num quarto despido de nadas, entre um final de dezembro triste e um inicio de janeiro nostálgico). recordações, apenas e só.
quando o inferno chegou
nossas almas queimou
numa dor que roeu
uma angústia cravou
e meu corpo morreu
nosso tempo parou
o meu peito rasgou
o amor se perdeu
eu lutei pelos nossos corpos frios,
estas lágrimas são mais que lutos vazios
foi um pedaço de mim
um adeus com saudade
um passo para o fim
bruxaria e maldade
foi perder-te assim
foi buscar a verdade
de vila em cidade
desde o tempo em que vi
deixa-me sentir que o tempo é nosso,
que o querer também é teu,
um lugar que haja em mim
amar se há em nós
eu só amo o que posso e não posso deixar
quando acabaste a esperança
a revolta cresceu,
esqueci a aliança
o sonhar esmoreceu
o amar se amançou
o sentimento não deu
o coração prendeu
e a lembrança ficou
eu tentei terminar os amores tão frios,
já só queimo a saudade, já não choro os vazios,
é vontade de matar
roubarem-me o amor
p'ra voltar a sentir
nunca perdi o calor
cresci com esta dor
de te amar mas partir
rosa cor dada em flor
quem me dera dormir...
deixa-me esquecer o que foi nosso,
se só amo o que quero e não posso
já não espero por nós
porque te esqueceste de mim
Que encanto!
ResponderEliminarSabes, sou da opinião que só escreve poemas, quem realmente tem o sentimentos nos dedos. Tu, sem dúvida que tens.
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