Almas

20120712

elas e nele um pai

sobem rua acima nas noites escuras sem luar e as sombras que passam da luz trazem nelas a mesma companhia de sempre, a brisa de quem já foi. esse que já não vês mas que se faz sentir quando em ti bate a sua imagem. ele que está sempre contigo, talvez no espaço vazio que surge entre o vosso aperto de mãos e vos mantém firmes, ou ainda sobre vós transmitindo protecção para o que aí há-de vir. sem medo, continuam a subir todos as noites a calçada despida e assombrada, como se fosse o medo a ter medo de se aproximar. ele ajuda-as certamente, não esse mas o tempo, pois ele já só tem de manter nas memórias o cantar que as faz(ia) viver a sorrir.

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