sentei-me no meu banco de todos os domingos. aquela pedra
negra onde encosto a cabeça no teu retracto. já não tento chorar. já não tento
sentir-te. não te vejo, quando me acalmo naquela campa e te desejo sem fim. não
te vejo, jamais te verei nestes tempos, nem nos outros. nos outros em que os
segundos respiram a morte do teu corpo, nos outros em que os fantasmas me medem
o peito para enchê-lo de angústia. não te sinto comigo, nem julgo ver-te nos
sonhos. perdoa-me não te sentir como queria. peço-te, um abraço com o teu
sorriso quente, todos os dias quando lá fico. mando-te beijos sempre que lá
passo. tu não voltas, mas era eu quem não devia voltar. johnson kid. fica
a eterna lembrança da graça que só tu me sopravas ao coração e a saudade de tais
palavras no tom paterno da tua voz. amo-te mais que a vida, pertenço-te para lá da morte. venero-te na omnipresência do chão que ainda piso. amo-te, saudade.
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