os papeis das minhas cartas ficaram gastos, a sépia deste lápis está rompida e os textos já não fazem mais sentido, pois não choro, não rio, não sinto. a tinta com que desabafo secou, os cigarros já não fazem mais efeito e o soro não é carne de alimento. eu não quero mais nada. já não peço, não espero, já só passo. pelo tempo. quero as velhas agulhas, e com o sangue que elas guardaram escrever mais tramas no meu peito. haverá ainda espaço para remendos, até ao dia em que as linhas da minha vida deixarão de ser palco para os bordados do meu destino tão negro. e aí a morte. oh morte que tanto chamo por ti. te juro que da próxima vez será só sexo. não amarei outra mulher pois só tu mereces o meu corpo. só tu ainda me amas, e nem tu me dás o que melhor sabes fazer. ou serás tu também traidora ,que não te mostrarás aos meus espelhos enquanto não nos casarmos? ai morte que eu não te vejo, nem te amo como penso que sim.
Não morras. Fazes-me falta.
ResponderEliminarSim, a tua escrita é o que tu és e tu és diferente. A diferença faz muita falta.
ResponderEliminarés diferente, sim.
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