Almas

20180801

de manhã.

São quase 9 da manhã e a lua paira no meio do céu como se se tivesse esquecido que amanheceu. 
Na verdade não sei que horas são, apenas achei bonito o azul do céu no branco dos astros. 
Acho que estou atrasado para o trabalho.
há um bilhete reciclado arrancado à pressa e colocado entre a escovas de um carro velho preto. 
Talvez diga aDeus ou talvez diga que te amo. 
Hoje eu não pedi por favor, não porque não quisesse, mas porque não queria que o fizesses sem querer
e é na intimidade da madrugada que se sente saudade, ou quando tudo em redor nos pede atenção
mas só queremos a paz de quem nos conhece e nos faz. Não sou eu. 
A vida é pouco mais que a saudade e os aDeus. A morte é esperar ser o que não somos, se o que não somos também nos faz ser. 
Ontem eu só queria que tivesses ligado, 2 minutos que chegassem para eu saber que te importas e que o cuidado que me tens é uma sátira às despedidas.
Mas tu não ligaste. Porque o meu tempo não é o teu. Nem os desejos que sentes fora de mim.
Hoje de manhã a lua estava no céu. Mas eu não. Nem tu. 

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